Um dos temas que mais tem
preocupado a população pedreirenses nos últimos dias tem sido o da saúde
pública.
O
receio não se deve ao acaso. Os veículos de comunicação dão conta, quase que
semanalmente, de fatos que envolvem tragédias protagonizadas por adultos e
crianças, sequelas em famílias que se tornam órfãs de entes queridos, aliadas
as longas filas de espera, carência de profissionais, falta de medicamentos,
equipamentos fora de uso ou parados por descaso na manutenção tem motivado toda
essa insegurança na população que depende da rede pública.
Uma
grade e recheada cartela de desculpas, que vão desde a escassez de médicos à
outras mais esfarrapadas como a falta de recursos, esta segunda sendo a
preferida pelos administradores descomprometidos, fazem parte do dia a dia dos
que buscam atendimento.
A
realidade, porém, revela que o mal é agravado pela má gestão, pelo
desconhecimento e principalmente pela corrupção.
Ninguém
duvida de que a saúde é cara, muito cara! O avanço em pesquisas tornam-na mais
exigente em procedimentos sofisticados aptos a tornar o diagnóstico mais preciso
e o tratamento mais eficaz. Os progressos da medicina impõem custos que
precisam ser absorvidos pelo orçamento, no entanto, muito dinheiro escorre
pelos ralos das administrações desastrosas, principalmente quando se tratando
das prefeituras nas pequenas cidades do interior onde o acesso a informação são
tão carentes quanto o de um atendimento especializado.
Como
se não bastasse os intempéries administrativos locais, a crise por que passa
nosso país sobrecarregou a saúde pública. Treze milhões de brasileiros
engrossam as fila do desemprego e reduzem a renda das famílias. Muitos deles,
algo em torno de 500 mil, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Grupo,
foram forçados a cancelar seus planos de saúde e migrar para a saúde pública o
que acarreta o sistema.
Esses
dados talvez gerem alguma surpresa para os gestores que deveriam entender as
suas funções, dentre elas planejar, projetar os gastos e distribuir os recursos
com racionalidade.
Estudos
apontam que pelo menos 20% do montante investido na área da saúde é jogado
fora, desperdiçado ou mal aplicado, todo isso sem contabilizar o que é roubado.
É
revoltante!!!
Enquanto
a população perde a saúde e até a vida em decorrência da tragédia em que se
transformou a saúde pública, não se consegue observar qualquer tipo de
movimentação para estancar esse derrame por parte das autoridades constituídas,
dos profissionais da área e principalmente por parte daqueles que deveriam
estar fiscalizando. Por outro lado, as administrações continuam firme em esconder
e até mascarar a aplicação dos recursos.
Todo
esse horror se deve em boa parte à gestão improvisada, nada profissional.
Presenteia-se, esse é o verbo, com cargos o apoio recebido na eleição.
Precisamos
urgentemente virar a página que transforma a saúde em moeda de troca porque na
outra ponta estão vidas das pessoas.
Por
Klebinho Branco.
Diretor
do Sistema Cidade de Comunicação
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