O
senador Siqueira Campos (DEM-TO) tomou posse na última semana ocupando a vaga
deixada pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que assumiu cargo no governo do
estado. Líder que deflagrou o movimento popular pela criação dos estados do
Tocantins e do Amapá, durante a Assembleia Constituinte de 1988, Siqueira
Campos defendeu, na cerimônia de posse, a criação de mais 13 estados no Brasil.
Entre as propostas feitas por Siqueira Campos, há o Projeto de Decreto
Legislativo nº 509/2019, atualmente tramita na Comissão de Constituição, Justiça
e Cidadania (CCJ) do Senado e aguarda a designação de relator. Se aprovada, a
proposta obrigará o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) a realizar
plebiscito para que os maranhenses decidam se haverá, ou não, o desmembramento.
Em sua proposta já está designado os municípios maranhenses que fariam parte do
novo Estado. Fariam parte Açailândia, Alto Parnaíba, Amarante do Maranhão,
Arame, Balsas, Barra do Corda, Benedito Leite, Bom Jesus das Selvas,
Burítícupu, Buritírana, Campestre do Maranhão, Carolina, Cidelândia,
Davínópolis, Estreito, Feira Nova do Maranhão, Fernando Falcão, Formosa da
Serra Negra, Fortaleza dos Nogueiras, Governador Edison Lobão, Grajaú,
Imperatriz, Itaípava do Grajaú, Itinga do Maranhão, Jenipapo dos Vieiras, João
Lisboa, Lajeado Novo, Loreto, Mirador, Montes Altos, Nova Colina, Nova Iorque,
Pastos Bons, Porto Franco, Riachão, Ribamar Fiquene, Sambaíba, São Domingos do
Azeitão, São F épx de Balsas, São Francisco do Brejão, São João do Paraíso, São
Pedro da Agua Branca, São Pedro dos Crentes, São Raimundo das Mangabeiras,
Senador La Roque, Sítio Novo, Sucupira do Norte, Tasso Fragoso, e Vila Nova dos
Martírios. Dentro do seu projeto, o senador apresenta a justificativa para a
criação de duas porções do estado do Maranhão. “A ideia de desmembramento do
Estado do Maranhão em duas porções norte e sul não é nova, pois remonta ao
século dezenove. Mas as características que individualizam as duas metades do
Estado foram definidas já nos primórdios da nossa colonização. Com efeito, a parte
norte foi colonizada, predominantemente, por imigrantes vindos de além-mar,
como os portugueses, holandeses e franceses, interessados mais que tudo no
cultivo da cana de açúcar e no plantio do algodão, produtos então de grande
procura no mercado internacional. Já o sul do estado abrigou, mais que tudo,
nordestinos, que fixaram-se tanto na região dos Pastos Bons como nas terras
virgens e férteis das margens do Tocantins e seus afluentes, para lá levando
seu gado e seus costumes”, explicou
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