O trabalho desses homens que fazem o serviço
de carregamento e descarregamento de cargas é muito antigo, até mesmo no tempo em que não existia estrada na
cidade e o rio Mearim servia como via
para escoar o arroz, o babaçu e o algodão que eram
produzidos aqui nos anos 50 e transportados por essas águas para a capital do estado através de lanchas e
pequenas embarcações.
Naquela época em Pedreiras existiam em torno de 27 usinas de
pilar arroz e até hoje existem prédios na cidade que eram utilizados para
tais fins e resistem ao tempo. Podemos encontrá-los também na zona rural uma
fileira deles a exemplo do Povoado São Raimundo.
A nossa equipe conversou com o estivador e hoje
Presidente do Sindicato dos Arrumadores de Pedreiras Adonias Gomes Silva e ele
nos mostrou as fichas dos primeiros sócios fundadores do sindicato e nos contou
um pouco como era o trabalho de estivador naquele tempo. Disse que o serviço
era muito pesado, inclusive pros estivadores subirem a rampa da ponte, onde era feito o embarque e
desembarque das mercadorias e levar a carga na cabeça, era preciso ter persistência
e coragem porque se desse moleza, não conseguia realizar o trabalho por
completo.
“ era arroz, babaçu, depois passou para aquela Usina “ICOPEL”
que era ensacamento da torta e babaçu.
Era um trabalho duro, inclusive pro cabra subir essa rampa com saco de babaçu
na cabeça, era preciso ser macho, se não, não subia não! O transporte, tudo era por esse rio
que tá se acabando aí! Lancha aqui nessa Pedreiras, era uma atrás da outra, uma
subindo, outra descendo, tudo carregado de passageiro, de mercadoria, animal
que eles traziam pra vender.” Disse o senhor Adonias.
Posteriormente em setembro 1953 foi fundado o Sindicato dos
Arrumadores e reconhecido como entidade em março de 1957.
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