No cenário mundial atual, o medo predominante que ronda os
cidadãos é uma possível contaminação pelo vírus, tanto em si mesmo, quando em
seus entes queridos. De fato, tal sentimento é perfeitamente plausível,
todavia, oque não tem se notado com a devida atenção, são os riscos
psicológicos que aparecerem como consequência dessa nova realidade, podendo
gerar uma outra “pandemia”, não se referindo à um vírus em si, mas de uma doença
silenciosa, e igualmente mortal.
Devido ao isolamento social, várias atividades outrora
comuns, como “passear na calçada com seu cachorro”, se tornaram raridade, e sinônimo
de um possível perigo à saúde, especialmente se você estiver enquadrado nos
chamados “grupos de risco”. E, pelo fato dessa interrupção ser tão repentina, a
população não teve ao menos um certo tempo para se preparar para o pior.
O fato é, se isolar em uma residência dá espaço para outra
doença que vem assolando a humanidade nas últimas décadas crescer, no caso, a
depressão. O contato humano, que é a base para a conivência em sociedade de
qualquer pessoa, agora, foi bastante reduzido, e as condições psicológicas no
Brasil, que já eram preocupantes, pioraram (11,5 milhões de pessoas sofrem com
problemas relacionados à depressão), fato esse visto em um levantamento feito
com mais de 1.460 pessoas, em 23 estados, pela UERJ (Universidade Estadual do
Rio de Janeiro), no qual foi constatado que casos de depressão saíram de 4,2%,
para 8%, e os de crise aguda de ansiedade foram de 8,7% para 14,9% (Uma alta
assustadora de 71%).
Outro fator preocupante é a saúde mental de idosos, que geralmente
já é frágil, agora, por ser o principal grupo de risco durante a pandemia, o
medo de um possível óbito tende a piorar a situação.
Oque fazer, então?
Dentre as principais capacidades evolutivas na história de
espécies da terra, a mais importante não foram tamanho de garras ou dentes, mas
sim a “simples” capacidade de adaptação, capacidade essa que a humanidade
domina com uma certa maestria.
E, dessa forma, atualmente não seria diferente, mesmo com
tal pandemia, que nos distancia fisicamente, o ser humano sempre busca uma forma
de se conectar, visto que essa é a verdadeira essência humana.
Mas afinal, oque você poderia fazer para manter sua saúde
mental em dias?
Conversar de forma constante através de vídeo-chamadas ou
chamadas comuns auxilia seu cérebro a se sentir “acompanhado” e “acolhido”,
além disso, adotar práticas “simples” do dia a dia, ajuda seu emocional evoluir.
No caso, definir lembretes para realizar exercícios físicos,
ou quem sabe, desenvolver uma nova habilidade, como pintura, gastronomia, dança,
ou música, vai complementar sua mentalidade.
Vale ressaltar o cuidado com “discursos
adoecedores” como “aproveitar ou recuperar o tempo perdido” durante a pandemia,
pois podem gerar ainda mais ansiedade em um momento que já há predominância
dessa mesma. E ainda, limitar o consumo de informações é importante, quanto se
manter informado. Você já deve conhecer aquele famoso ditado popular “Tudo em excesso
é veneno”, e isso também se aplica a notícias. Veja o essencial, não o alarmismo
desnecessário.
É bom salientar que, simplesmente admitir sua fragilidade
diante dessa situação, é o primeiro passo para melhorar. Cada pessoa tem seu
tempo próprio, e o molda de acordo com sua realidade, não havendo necessidade
de existir “competições” em relação a produtividade, visto que isso é algo extremamente
subjetivo.
Estar desmotivado e entediado, é comum, e faz com que as
pessoas olhem para seu próprio interior, em busca de respostas para lidar com a
realidade que as rodeiam. No fim, a reposta que muitos procuram no “exterior”,
de fato, sempre esteve no “interior”, porém, às vezes, é preciso de uma mão
amiga para fazer com percebamos, e não há problema algum nisso.
Caso você esteja sentindo sintomas de depressão, ansiedade,
os pensamentos negativos em excesso, entre em contato com o CVV (Centro de Valorização
à vida), que atende de forma voluntária e gratuita todas as pessoas que precisam
conversar, tendo total sigilo por telefone, e-mail, e chat (24h por dia).
Ligue: 188
Ou acesse o site:
Cuide do seu bem estar.
Fique bem. 😊
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