Na manhã dessa sexta-feira (10), foi realizado mais uma
sessão na câmara de vereadores de Pedreiras, no qual temas relacionados à CPP
(Comissão Parlamentar Processante), e o mandado de segurança recebido pela casa,
impetrado pela procuradoria geral do Município foram abordados. A equipe do Tribuna 101 esteve
no local entrevistando as autoridades presentes.
O Presidente da câmara Municipal, Dr. Bruno Curvina, disse
que a casa legislativa está seguindo o tramites necessários no que se refere à CPP (Comissão Parlamentar Processante),
no qual, na penúltima sessão realizada, uma comissão foi formada, composta pela
Vereadora Ceiça (como presidente), Vereador Jotinha (Relator), e Vereador José
Renato (Membro), no qual os mesmos estão dando prosseguimento às notificações, sendo que o Prefeito de Pedreiras, Antônio França, já foi notificado para elaborar
sua defesa, e o prazo se encerra na segunda-feira da próxima semana.
Sobre o mandado de segurança recebido pela casa legislativa, Bruna Curvina disse:
“Ontem eu recebi um mandado de segurança, que foi impetrado
pela procuradoria do Município de Pedreiras, para tentar derrubar a CPP, alegando
que a pessoa que fez a denúncia, Sr. Maurício, não tinha anexado o título de
eleitor dele. Mas em relação à celeridade, a gente até agradece ao procurador
por estar vendo que a câmara está realmente fazendo seu trabalho, mas esclarecemos que está tudo dentro do regimento. Tanto é que o Dr. Marco Adriano pediu somente
para mandar o regimento para ele conferir, e vai averiguar que realmente está
tudo certo. O Maurício é uma pessoa conhecida na cidade de Pedreiras, tem 36
anos que vota aqui. Como no papel que ele entregou, foi colocado o número do
título, nosso jurídico já tinha confirmado a questão da biometria que ele tinha
feito, então é um eleitor apto da cidade.”, disse o Presidente da Câmara.
Maurício Luís, responsável por protocolar a denúncia contra
o prefeito Antônio França, que teria contrato o irmão para serviços em relação
à parte elétrica do Município, disse que já vota na cidade há mais de 36 anos,
nunca deixando de fazer tal ação, pois considera isso como uma “arma
democrática” para que se faça uma verdadeira mudança no cenário político à nível
municipal, estadual e nacional.
Vereador Robson Rios, fazendo uso da palavra, deu destaque
ao mandado de segurança expedido pelo poder jurídico da cidade de Pedreiras:
“observei alguns pontos peculiares aqui, primeiramente foi
a questão do procurador, qualificado do mandado de segurança, e segundo, a
própria lei federal, 8.606/94, do estatuto da OAB, diz que é vetado esse tipo
de comportamento, uma vez que ele é o procurador geral do Município. Hoje o
procurador geral, seja do Município, do Estado ou União, é exclusivo para
realmente defender o ente que ele representa, e aqui ele se qualifica como
advogado do denunciado, Antônio França de Sousa. A prerrogativa do procurador é
defender os interesses do ente, não de alguém que supostamente lesionou esse
ente. Então realmente é um ato infracional, de acordo com a lei federal já
citada.”
Alguns pontos foram observados pelo vereador, em relação à defesa do prefeito, sendo um deles no qual afirma que a câmara legislativa agiu de forma “apressada”, porém, nesse primeiro momento, o próprio decreto não fala de datas. “Oque diz na verdade é que tem que ser feito a leitura, e na sessão, ser votado por recebimento ou não, e criar a comissão. A denúncia foi do dia 16 de junho, foi protocolado nessa casa dia 17, e encaminhada para a acessoria jurídica no dia 18, e a mesma devolveu para a presidência no dia 19, então teve um prazo para realmente a pessoa se deparar com os pontos” Afirmou Robson Rios.
Um outro ponto alegado pela defesa, é a qualificação do
denunciante, ou seja, a documentação (RG, CPF e título de eleitor) deveria
estar junta, para comprovar se o cidadão é ou não eleitor. “A gente fez um
apanhado, observei, tirando junto ao PSE, que o cidadão é sim um eleitor de Pedreiras,
e está quite com a justiça eleitoral. Então eu acho frágil esse mandado de
segurança, e é por isso que no primeiro momento, o juiz não vislumbrou algo grave
que realmente ele sentenciasse, dando 10 dias para a câmara se manifestar.”
Disse, por fim, o vereador.
Vereador Sérgio Profiro, fez uma cobrança ao executivo, sobre
a terraplanagem da associação “Sagrado Coração de Jesus”, tendo inclusive
representantes dessa mesma na casa legislativa durante o momento.
“A gente fez nosso papel, que é de cobrar e fiscalizar. Nós
estamos sabendo que os moradores dessas associações, foram atrás do prefeito, e
ele disse que não poderia mais concluir o serviço, porque estaríamos querendo
caçar ele. Aqui, ninguém está querendo caçar prefeito, nós estamos fazendo
nosso papel. Estamos cobrando para que o Prefeito se manifeste, e honre seu
papel, no qual ele fez o compromisso com a associação, de terminar a terraplanagem , para entregar
para esse povo, que é humilde e carente, e não é de hoje, que vem essa
confusão. O verão já chegou, ele tem que continuar para entregar. Estamos
cobrando, porque a gente sabe que povo está precisando, e se for para deixar uma
bagunça como aquela ali, atinge o pessoal que está perto, tem muita lama no
inverno.”
Vereadora Ceiça esteve questionado sobre uma cratera
próxima à UBS, na avenida Zeca Branco, no qual oferece perigos aos cidadãos, devido
ao alto tráfego de veículos no local. Outro ponto abordado foi a falta de
exames que deveria ter acontecido durante essa semana,
“Nós estamos em uma
pandemia, nada de ninguém pensar que está tudo controlado, não! Estes exames
estão de suma importância, porque ele vai diagnosticar se o cliente está com
alguma lesão, e se estiver, deve ser tratado imediatamente, caso contrário,
leva à óbito. Esse exame não é só para quem está internado, deve ser feito no
início, e após o tratamento, não pode suspender! Pedreiras tem recurso para
isso, tanto é que segunda-feira vai entrar mais de 05 milhões novamente, para
enfrentamento dos problemas decorrentes da pandemia. Não é para estar faltando
se a clínica tem um contrato de licitação de milhões.”, afirmou vereadora
Ceiça.
Ceiça explicou que diz "clientes", ao invés de "paciente", porque a população paga impostos, e deve haver um retorno no que é pago em tal referidos impostos.
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