A
semana do índio não passa despercebida na cidade e desse ontem 19
até hoje 20 de abril, o IFMA Instituto Federal do Maranhão Campus
Pedreiras, realiza o seu primeiro evento voltado a classe com o tema “Educação
e Territorialidade Indígena", que tem como objetivo compreender a
diversidade cultural, simbólica e étnico racial desses povos no maranhão.
O
índio José Aldeir Pompeu (Lalaca Pompeu, nome indígena) da Tribo
Guajajara município de Barra do Corda, esteve presente e disse que nessa data não existe muitos motivos para comemoração pela
falta de respeito da sociedade ao povo indígena, mas apesar de tudo
as etnias ainda mantém viva as suas culturas. “A gente não tem muito o que
comemorar, mas o pouco que conquistamos vamos comemorando como o acesso a
educação, a saúde indígena e seus movimentos, as terras que conquistamos em
lutar pelo que é nosso, temos avançado um pouco”, Disse ele.
Quem
esteve participando do evento foi a pedreirense Karleane que é casada com o
índio Pompeu e disse que apesar de não ser índia, se considera como indígena
e se identifica com a causa que eles tanto lutam. “Meu esposo,
quantas vezes viajou para São Luiz lutar para o reconhecimento do magistério do
indígena, os professores terem um piso salarial digno e nós temos que respeitar
o índio todo o dia. O Brasil não foi descoberto, foi invadido e a história
conta isso. Temos língua própria, não pegamos língua emprestada de ninguém, não
trazemos palavras de outra língua materna, temos a nossa e então merecemos esse
reconhecimento e respeito”. Disse Karleane.
A
Pesquisadora e Coordenadora do Núcleo de Estudos e Cultura Afro-brasileira e
Indígena do IFMA Nila Michele que trabalha com
os alunos do instituto, disse que se deve desmistificar a imagem do
índio, de que a classe não é mais aquele povo do século XVI, XVII e vem ao
longo dos tempos lutando pra conquistar o seu espaço. "A gente quer
mostrar que o indígena faz parte da população brasileira, e dentro desse
contexto está tendo os seus direitos negados. Então o nosso principal objetivo
é desconstruir esteriótipos, mostrar que existe uma cidadania indígena e
lutar por essa cidadania, inclusive na questão da territorialidade e da
educação que eles merecem", Disse Nila Michele.
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