A
caminhada de combate ao feminicídio que
aconteceu nessa segunda feira, envolveu mulheres de Trizidela, Pedreiras, Lima Campos
e encerrou-se na praça Corrêa de Araújo.
A
ação é um protesto para chamar a atenção a todo o tipo de violência contra a mulher e que no Brasil tem
dados assustadores. Todas as participantes deixaram as suas mensagens de repúdio,
esclarecimento e informação a essa
covardia praticada as mulheres, cujo nomes de algumas vítimas foram expostas em
cartazes e velas acesas para lembrar as mesmas.
A
iniciativa é uma ação dos poderes
públicos constituídos de Trizidela, Pedreiras, Lima Campos, parceiros e contou com
a presença de muitas autoridades entre as quais o Prefeito Antônio França, Juiz
Marcos Adriano, Juízas Larissa Tupinambá, Ana Gabriela, Secretárias Municipais
dos três municípios que compõem a Comarca de Pedreiras, representantes de entidades,
parentes de mulheres vítimas de feminicídio e também a delegada da mulher
Silvana Prazeres que enfatizou que a
mulher não pode e nem deve ficar calada se sofrer ameaça, abuso ou qualquer
outra violência, tem mesmo é que
denunciar.
Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), o número de assassinatos chega a 4,8 para cada 100 mil mulheres. O
Mapa da Violência de 2015 aponta que, entre 1980 e 2013, 106.093 pessoas
morreram por sua condição de ser mulher. As mulheres negras são ainda mais
violentadas. Apenas entre 2003 e 2013, houve aumento de 54% no registro de
mortes, passando de 1.864 para 2.875 nesse período. Muitas vezes, são os
próprios familiares (50,3%) ou parceiros/ex-parceiros (33,2%) os que cometem os
assassinatos.
Com a Lei 13.140, aprovada em 2015, o feminicídio passou a
constar no Código Penal como circunstância qualificadora do crime de homicídio.
A regra também incluiu os assassinatos motivados pela condição de gênero da
vítima no rol dos crimes hediondos, o que aumenta a pena de um terço (1/3) até
a metade da imputada ao autor do crime. Para definir a motivação, considera-se
que o crime deve envolver violência doméstica e familiar e menosprezo ou
discriminação à condição de mulher.
FOTOS: SANDRO VAGNER
FOTOS: SANDRO VAGNER
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