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21 DE MARÇO DIA DA SÍNDROME DE DOWN: NO BRASIL, NÚMERO DE PESSOAS COM DOWN CHEGA A 74 NO ENSINO SUPERIOR

O número de pessoas com síndrome de Down que estão ou já estiveram em uma instituição de ensino superior (IES) é pequeno, mas vem aumentando no Brasil. A informação é do Movimento Down, que recolhe e atualiza os dados há mais de uma década com base no que é noticiado pela imprensa ou informado por pais, instituições e associações.
Entre 2018 e 2019, o crescimento foi de 48%. Desde que a potiguar Débora Seabra se tornou a primeira professora com síndrome de Down habilitada a dar aulas na América do Sul, em 2004, o Brasil teve pelo menos outras 73 pessoas com essa síndrome matriculadas numa IES.
“O problema é que não sabemos quantas pessoas se formaram”, diz Patricia Almeida, cofundadora do Movimento Down. “Teve gente que estudou com ajuda da mãe, que contou com apoio de um núcleo de inclusão ou de aluno-anjo. Muitos seguiram adiante, mas outros ficaram pelo caminho.”
O Brasil não tem política específica para atendimento ao aluno com Down no ensino superior. O Ministério da Educação (MEC), que no começo do ano extinguiu a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), sequer sabe informar a quantidade oficial dessas pessoas na faculdade. No Censo da Educação Superior, o grupo é classificado de forma imprecisa pelo termo “pessoas com deficiência intelectual” – o que, em 2017, representava um total de 2.043. A evasão não é calculada.
Entre as carreiras preferidas pelo grupo estão educação física, gastronomia e pedagogia, segundo o Movimento Down. A maioria dos estudantes (24%) reside no estado de São Paulo.
A síndrome de Down é uma alteração genética caracterizada pela presença de três cromossomos, em vez de dois, no par 21 das células do organismo. Daí o nome científico trissomia do 21 e a data de celebração do Dia Internacional da Síndrome de Down, em 21 de março (21/3).
O traço comum aos indivíduos que têm essa disfunção cromossômica é o déficit intelectual. Baixa estatura e desenvolvimento físico mais lento também são frequentes. Síndrome de Down não é doença.

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