O
número de pessoas com síndrome de Down que estão ou já estiveram em uma
instituição de ensino superior (IES) é pequeno, mas vem aumentando no Brasil. A
informação é do Movimento Down, que recolhe e atualiza
os dados há mais de uma década com base no que é noticiado pela
imprensa ou informado por pais, instituições e associações.
Entre
2018 e 2019, o crescimento foi de 48%. Desde que a potiguar Débora Seabra se tornou
a primeira professora com síndrome de Down habilitada a dar aulas na América do
Sul, em 2004, o Brasil teve pelo menos outras 73 pessoas com essa síndrome
matriculadas numa IES.
“O problema é que não sabemos quantas
pessoas se formaram”, diz Patricia
Almeida, cofundadora do Movimento Down. “Teve gente que estudou com ajuda da
mãe, que contou com apoio de um núcleo de inclusão ou de aluno-anjo. Muitos
seguiram adiante, mas outros ficaram pelo caminho.”
O
Brasil não tem política específica para atendimento ao aluno com Down no ensino
superior. O Ministério da Educação (MEC), que no começo do ano extinguiu a
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
(Secadi), sequer sabe informar a quantidade oficial dessas pessoas na faculdade. No
Censo da Educação Superior, o grupo é classificado de forma imprecisa pelo
termo “pessoas com deficiência intelectual” – o que, em 2017, representava um
total de 2.043. A evasão não é calculada.
Entre
as carreiras preferidas pelo grupo estão educação física, gastronomia e
pedagogia, segundo o Movimento Down. A maioria dos estudantes (24%) reside no
estado de São Paulo.
A
síndrome de Down é uma alteração genética caracterizada pela presença de três
cromossomos, em vez de dois, no par 21 das células do organismo. Daí o nome
científico trissomia do
21 e a data de celebração do Dia Internacional da Síndrome de
Down, em 21 de março (21/3).
O
traço comum aos indivíduos que têm essa disfunção cromossômica é o déficit
intelectual. Baixa estatura e desenvolvimento físico mais lento também são
frequentes. Síndrome de Down não é doença.
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