Nessa quarta-feira (27), foi realizada a sessão do Tribunal do Júri, presidida pela Juíza da 3ª Vara da Comarca de Pedreiras, Dra. Larissa Tupinambá, levou a julgamento Luziglyeson de Sousa Nascimento e Sandro Nazaré de Lima, os dois eram acusados do assassinato da jovem identificada como Adriana Santiago Gomes. O crime aconteceu em 31 de agosto do ano passado (2018). A equipe do Tribuna 101 esteve no local entrevistando algumas autoridades, assim como o réu absolvido.
Segundo Dra. Larrisa Tupinambá, o resultando foi positivo, pois contra o suposto mandante só havia a palavra do corréu, que foi mudada pelo mesmo após 04 dias, no qual ele assumia toda a autoria do crime, sendo retificada pela delegacia. Com relação à absolvição do suposto mandante, a Juíza já previa tal resultado, visto que o próprio Ministério Público pediu que inocentasse Luziglyeson de Sousa.
Porém, ao mesmo tempo reconheceu todas as qualificadoras em relação ao executor, e a alteração no limite de pena do crime de Estupro, pelo fato da vítima estar desacordada, sendo a condenação contra Sandro Nazaré um total de 27 anos e 06 meses de reclusão. Dra. Larissa ressaltou ainda que quando há uma resposta eficiente, direta e dura em relação a esse tipo de conduta, é estimulado não somente a prevenção, como também é demonstrado que há uma reposta competente e que tal tipo de ato não será admitido.
O advogado de defesa de Luziglyeson, Dr. Pedro Edilson, explicou que o réu absolvido era somente o companheiro da vítima, e o fato de ela ter algumas desavenças com a jovem, não implicaria que o mesmo tivesse sido mandante do crime bárbaro. O advogado disse que somente esclareceu não só ao ministério público, como também aos jurados, que mesmo sendo um processo de um ano e meio, com um total de 350 páginas, não havia nada de concreto nada que comprovasse que Luziglyeson tivesse alguma participação no homicídio. Por fim, Dr. Pedro Edilson agradeceu a todos os profissionais envolvidos por sua colaboração no julgamento.
Em entrevista, Luziglyeson disse que se sente bem pela verdade ter sido esclarecida, e por não pagar pelo crime que não fez. Disse ainda estar muito abatido com a morte de sua companheira, Adriana Santiago Gomes.
De acordo com Dr. Fabricio, que fez parte do Júri na defesa do executor confesso, foi um julgamento bastante proveitoso, e apesar da confissão de Sandro Nazaré acerca do crime, o advogado afirmou que a defesa já interpôs recurso junto ao Tribunal de Justiça para tentar reduzir a pena, por discordar da penalidade aplicada por julgar ser excessiva. A tese central da defesa foi a desclassificação do estupro somada ao homicídio, ou seja, desqualificar o crime para um estupro seguido de morte (que é um crime diferente), todavia, a tese não acolhida pelos jurados, possibilitando assim a Juiza Dra. Larissa Tupinambá aplicar a pena referente aos dois crimes, Estupro e Homicídio.
Fotos fornecidas pelo Blog do Sandro Vagner:
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