Nessa
amanhã de sexta-feira, dia 09 de novembro, a sociedade civil organizada em
Pedreiras realizou um protesto em repúdio ao veredicto do Conselho
de Sentença na cidade que absolveu o réu Luciano Luan Santos Lopes de
21 anos, acusado de matar em outubro de 2017, Raimundo Amourão da
Silva de 78. O idoso estava na companhia da mulher de Luciano identificado
como Thaylla Pathelly Pereira da Silva em um motel da cidade. Após o crime, o
acusado ainda agrediu a mulher violentamente e a arrastou puxando
pelos cabelos nua pelas ruas da cidade.
No julgamento
que aconteceu na última quarta-feira, Luciano também era acusado de
tentativa de Feminicídio e segundo a acusação, além de matar o idoso,
pretendia matar Thaylla Pathely. Ele acabou condenado somente a 01 ano e 04
meses e 28 dias de prisão em regime aberto, pois durante todo esse tempo após o
crime, o acusado aguardou o julgamento, onde permaneceu 01 ano e 02
meses de 02 dias preso.
A
manifestação de hoje que pede a anulação do julgamento, iniciou no local do
crime e teve o mesmo percurso que Luciano utilizou, quando arrastou a
mulher nua pelas ruas da cidade. “Gente
eu fico indignada com isso que aconteceu, porque era pra justiça ter sido
feita. Não era pra ele tá solto andando por aí e ela ter que deixar as duas
filhas e ir embora. Isso foi muito errado o que o júri fez, não era pra
acontecer e ele vai ficar impune sem ter nenhum crime nas costas”, Desabafou
a prima de Thaylla Pathelly.
Como
o crime ganhou uma grande repercussão até mesmo a nível nacional e vai
repercutir mais ainda, pelo fato do acusado ter sido absolvido e Pedreiras ter
sediado um encontro terça-feira, um dia antes do julgamento que justamente
discutiu sobre Feminicídio, alguns membros da OAB de
Pedreiras também se pronunciaram sobre a decisão do júri, no programa Tribuna 101 da Rádio FM Cidade nessa sexta-feira, dia 09 de novembro.
Eles deixaram claro que a instituição, abomina todo e
qualquer tipo de violência a mulher, mas que o Conselho de Sentença é
soberano e sua decisão tem que ser respeitada. “Gostaria de frisar que se não estiver enganado porque não estava lá,
mas havia 4 mulheres no Conselho de Sentença. E nessa situação é que nenhuma
delas se deixou levar a condição ao crime, se era contra mulher, se era
contra um homem, eles simplesmente votaram na livre convicção deles. Nós
estamos aqui pra defender a instituição do júri, somos contra a violência a
mulher, alguns de nós até participa desses movimentos em prol da mulher, só que
nossa posição é simples. O Tribunal do Júri é uma instituição maravilhosa e
existe em quase todos os países do mundo e a instituição condena mais do que
absolve. Então esse julgamento foi um caso atípico e aconteceu, agora quem não
gostou ou se sentiu traído pela situação que recorra”, Disse o advogado
Mário Bezerra.
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